segunda-feira, 29 de abril de 2013

O Amor e respeito de um pai pela filha... A liberdade de escolha para a proteção da filha!



Filha - Rick e Renner



Hoje eu parei pra escrever
Alguma coisa assim sobre você
E simplesmente me deixei levar
Pela emoção de poder lhe falar
Do dia em que você nasceu
Vinda do amor de sua mãe e eu
Um lindo presente que o Senhor nos deu
A realidade de um sonho meu

E quando você chorou
Deus me ensinou uma nova canção
Seus olhos de um anjo pequeno
Iam se fazendo minha religião
Coisas que de mim não saem
A primeira vez que me chamou de pai
Vou lhe confessar agora minha filha
Com você eu aprendi que um homem tem que ter família

Quinze anos faz agora
É de alegria que meus olhos choram
Meu pequeno anjo que agora fascina
Para mim vai ser sempre minha menina
Filha onde você vai
Pode não sobrar um lugar pro seu pai
Mas tenha certeza que eu vou sempre estar
Perto de você onde quer que vá

Não é que eu vá te vigiar
Não é que eu queira ser seu dono
Isso é só um cuidado de pai
Filha eu te amo.

E quando você chorou
Deus me ensinou uma nova canção
Seus olhos de um anjo pequeno
Iam se fazendo minha religião
Coisas que de mim não saem
A primeira vez que me chamou de pai
Vou lhe confessar agora minha filha
Com você eu aprendi que um homem tem que ter família

(Refrão)
Quinze anos faz agora
É de alegria que meus olhos choram
Meu pequeno anjo que agora fascina
Para mim vai ser sempre minha menina
Filha onde você vai
Pode não sobrar um lugar pro seu pai
Mas tenha certeza que eu vou sempre estar
Perto de você onde quer que vá

Quinze anos faz agora
É de alegria que meus olhos choram
Meu pequeno anjo que agora fascina
Para mim vai ser sempre minha menina
Filha onde você vai
Pode não sobrar um lugar pro seu pai
Mas tenha certeza que eu vou sempre estar
Perto de você onde quer que vá


Não é que eu vá te vigiar
Não é que eu queira ser seu dono
Isso é só um cuidado de pai
Filha eu te amo.

Não é que eu vá te vigiar
Não é que eu queira ser seu dono
Isso é só um cuidado de pai
Filha eu te amo.

segunda-feira, 22 de abril de 2013


Nunca pense que está sozinho, pois sempre há alguém ao nosso lado!

(It's a) Long, Lonely Highway - Elvis Presley


It's a long lonely highway when you're travellin' all alone
And it's a mean old world when you got no-one to call your own
And you pass through towns too small to even have a name, oh yes
But you gotta keep on goin', on that road to nowhere
Gotta keep on goin', though there's no-one to care
Just keep movin' down the line

It's a long lonely highway without her by my side
And it's a trail full of teardrops that keep on being cried
My heart's so heavy it's a low down dirty shame oh yes
You gotta keep on goin', on that road to nowhere
Gotta keep on goin', though there's no-one to care
Just keep movin' down the line

I gotta rock for my pillow 'neath a weeping willow
And the cool grass for my bed
My drinking water's muddy so don't you tell me buddy
That I wouldn't be better off dead
It's a long lonely highway gettin' longer all the time
And if she don't come and get me
Well, I'm gonna lose my mind
So if you read about me tell her she's the one to blame, oh yes
You gotta keep on goin', on that road to nowhere
Gotta keep on goin', though there's no-one to care
Just keep movin' down the line
Movin' down the line
Movin' down the line

(É Uma) Loga, Solitária Rodovia

É uma estrada longa e solitária quando você está viajando sozinho
E é uma média mundial de idade, quando você não tem ninguém para chamar de seu
E você passa por cidades muito pequenas para até mesmo ter um nome, oh sim
Mas você tem que continuar indo, na estrada para lugar nenhum
Tenho que continuar indo, mas não há ninguém para cuidar
Basta manter movendo a linha debaixo.

É uma estrada longa e solitária sem ela ao meu lado
E é uma trilha cheia de lágrimas que continuam sendo choradas
Meu coração está tão pesado que é uma vergonha baixa para baixo de suja oh sim
Você tem que continuar indo, na estrada para lugar nenhum
Tenho que continuar indo, mas não há ninguém para cuidar
Basta manter movendo a linha debaixo.

Tenho uma rocha como meu travesseiro debaixo de um salgueiro-chorão
E a grama fresca para a minha cama
Enlameado minha água potável, de modo que você não me diga amigo
Que eu não estaria melhor morto
É mais uma longa e solitária estrada ficando o tempo todo
E se ela não me pegar
Bem, eu vou perder minha mente
Então, se você ler sobre mim e dizer que ela é a única culpada, oh sim
Você tem que continuar indo, na estrada para lugar nenhum
Tenho que continuar indo, mas não há ninguém para cuidar
Basta manter movendo a linha debaixo.
Movendo a linha debaixo
Movendo a linha debaixo


Para todo homem e mulher que busca alguém igual a pessoa da letra... Toda panela tem sua tampa!


Esse Cara Sou Eu - Roberto Carlos

O cara que pensa em você toda hora
Que conta os segundos se você demora
Que está todo o tempo querendo te ver
Porque já não sabe ficar sem você

E no meio da noite te chama
Pra dizer que te ama
Esse cara sou eu

O cara que pega você pelo braço
Esbarra em quem for que interrompa seus passos
Está do seu lado pro que der e vier
O herói esperado por toda mulher

Por você ele encara o perigo
Seu melhor amigo
Esse cara sou eu

O cara que ama você do seu jeito
Que depois do amor você se deita em seu peito
Te acaricia os cabelos, te fala de amor
Te fala outras coisas, te causa calor

De manhã você acorda feliz
Num sorriso que diz
Esse cara sou eu
Esse cara sou eu

Eu sou o cara certo pra você
Que te faz feliz e que te adora
Que enxuga seu pranto quando você chora
Esse cara sou eu
Esse cara sou eu

O cara que sempre te espera sorrindo
Que abre a porta do carro quando você vem vindo
Te beija na boca, te abraça feliz
Apaixonado te olha e te diz
Que sentiu sua falta e reclama
Ele te ama
Esse cara sou eu

Esse cara sou eu
Esse cara sou eu
Esse cara sou eu
Esse cara sou eu

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Conversando com estrelas


      
Curiosamente a loucura
desde cedo presente em minha vida
nunca me mereceu um verso.

Um venerando mestre não gosta dessa palavra,
tendo-a como espiritualmente negativa.

Pondero.

Mas o mesmo sábio também não gostava de pipas!
E eu penso, aqui na minha pequenez,
se são, santo, puro, avatar, bodisatwa,
não tem lá suas idiossincrasias....      

A loucura me assistiu bem cedo
desde quando pequenino
olhando o céu noturno
sonhava conhecer, um dia, todas aquelas luzes.

Foi minha auto maldição e também minha salvação.

Talvez eu não precisasse conhecer
tantos meandros da vida e me contentasse
como tantos se contentam...

Mas, não, todas aquelas luzes,
igualmente fascinantes
a povoar
o céu da minha alma
insistiram que eu as conhecesse
- e estrela vale tanto uma como a outra
não importa sua cor...
nem mesmo sua distância.

Enfim, todas as estrelas, daquele céu
dos meus cinco anos,
terminaram por me arrebatar.

Então fiquei esgarçado pelas galáxias,
o espírito difuso por mil corpos celestiais
sem poder reunir de novo todo meu éter.

E, reconhecendo-me louco
num mundo mais louco ainda,
dei-me por são!
E passei a compreender a todos os normais.

Agora

quando meu ectoplasma se condensou
opero do mesmo corpo que habito
e conservo a compreensão e a simpatia
por todos vocês, normais.

Mas, acredite,

meu coração sempre passeia
por paragens celestiais. 

Andreluz

O acelerado (Celso Fernandes)


segunda-feira, 1 de abril de 2013

MANIFESTO EM DEFESA DO CAPS ITAPEVA E DO SUS.


Queremos noticiar, por meio deste brevíssimo texto escrito às pressas, a difícil jornada que nós, profissionais da saúde mental, temos enfrentado; em especial nestes últimos dias. O intuito aqui é transmitir que, recentemente, e mesmo não estando na ditadura, sofremos um golpe. Gostaríamos de compartilhar com outros profissionais, serviços de saúde, aos que se interessam pela saúde mental e pela defesa do SUS e movimentos sociais em defesa da vida, aos que militam ainda por uma “sociedade sem manicômios” e pela manutenção dos ideários da Reforma Psiquiátrica. E, ainda, aos psicanalistas interessados pela clínica da psicose, pelas questões da saúde pública. O evento de “caça às bruxas” que, infelizmente, estamos enfrentando neste momento no CAPS e que todos estamos cientes que faz parte de um contexto muito maior e bastante atual. Esperamos, assim, disparar uma discussão mais ampla.

O CAPS Professor Luís da Rocha Cerqueira – bastante conhecido como CAPS Itapeva - teve nos seus últimos anos sob a gestão da Organização Social SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento para a Medicina). O nome desta organização, que também gerencia outros equipamentos de saúde espalhados pela cidade de São Paulo, já sugere que a sua preocupação é bem específica. A sua administração tem comprovado que o seu interesse é exclusivamente a medicina, interesse este que não se estende aos pacientes nem tampouco à saúde mental. Explicaremos...

No início desta semana, fomos surpreendidos com a notícia de que haveria uma demissão em massa – na qual cerca de 30 profissionais em regime de CLT foram desligados abruptamente do serviço. O motivo alegado pela direção era o corte de verba realizado pela Secretaria de Estado da Saúde. Anexado a este aviso, também nos foi informado que seríamos liberados do cumprimento do aviso prévio e, ainda, que seríamos indenizados de acordo com a lei e que não precisaríamos voltar ao CAPS, ficando à direção com a incumbência de comunicar o nosso desligamento aos usuários. Obviamente, ignoramos esta última sugestão, para não dizer solicitação, recusando a desaparecer do CAPS. Desse modo, temos - além de administrar o impacto desta notícia para cada um de nós e a forma violenta como tal manobra foi feita pela direção do serviço -, nos dedicado a realizar a despedida com os nossos usuários, tentando explicar para cada um a situação, fazer o desligamento e, em alguns casos, planejar e realizar os encaminhamentos possíveis. Apesar de estar sendo um momento de expressivo sofrimento para usuários e funcionários, impossível de disfarçar, temos tentado suavizar, na medida do possível, o impacto desta situação, acolhendo os usuários que, por sua vez, têm se mostrado muito lúcidos e também acolhedores para com a equipe nesta circunstancia tão devastadora. 

Nesta reunião da direção com os funcionários que se deu em caráter de informe (não deixando nenhuma brecha para qualquer debate e esclarecimentos); aliás um, senão o único, esclarecimento que nos foi dado foi assim explicitado: uma equipe mínima se responsabilizaria pelo cuidado de mais de 500 pacientes - garantindo, então, que o CAPS não fechasse as suas portas -, e que não precisaríamos nos preocupar. Mas, isto é quase impossível para os que escolheram trabalhar em um equipamento como o CAPS, cuja missão é acompanhar intensivamente os pacientes com quadros mentais graves e seus familiares.

A nossa hipótese é que este corte de vários profissionais alocados neste CAPS foi um pretexto para fazer a “faxina”, ou seja, retirar aqueles que incomodam, que, no entender da direção, “atrapalham” porque relembram incessantemente os princípios reformistas, que entendem que o CAPS é um lugar de uma construção coletiva que leva em consideração seus usuários e profissionais para a efetuação de qualquer mudança, que enfrentam a loucura sem querer normatizá-la, que não evita os conflitos que existem em todo e qualquer ambiente institucional, que entende que os impasses na clínica podem ser promotores de avanços teóricos e, consequentemente, para a própria clínica.

Pela experiência que tivemos até então, a política da SPDM é manter a gestão separada da clinica. A sua perspectiva de trabalho é bastante médica, verificável nas mínimas condutas, Por exemplo, no início do convênio firmado com esta OSS, a direção insistia em que a triagem deveria ser uma atribuição dos médicos, desconsiderando que o acolhimento, em um modelo CAPS, é uma prática que todos os profissionais participam. Em outro momento, quiseram instituir um programa em parceria com a UNIFESP que, no CAPS, denominaram de “Programa de Esquizofrenia Refratária”, que caracterizaria por um grupo que atuaria junto aos pacientes com diagnóstico de esquizofrenia em uso de clozapina. Sempre aprovamos que o serviço pudesse usufruir do que há de melhor em termos de medicamentos, mas não apoiamos sobremaneira as ações e programas cujo recorte é a doença, pois estas propostas correm na contramão de um CAPS. Foram vários enfrentamentos da equipe com a direção que nos mostravam todos os dias um desconhecimento das balizas que norteiam o nosso trabalho. E mais grave: desconhecem a premissa fundamental do CAPS, a saber: a instituição é um recurso da clínica e não apenas um espaço físico para alojar loucos. Assim, a conseqüência é que temos vivido, sobretudo, com esta experiência, que a direção não faz questão de que a instituição seja hospitaleira, pois desconsidera os princípios mais básicos para uma relação de convivência com a diferença, que prima pelo respeito e pela reciprocidade.

A nossa hipótese é de que com essas mudanças todas, eles até poderão continuar a se nomear CAPS (e receberem muito por isso), mas será a realização de uma outra proposta: um ambulatório, um centro de referência, um centro de especialidades, um setor de hospital, um estacionamento (como ironizou uma ex-servidora) ou qualquer outra coisa, menos um CAPS.

Infelizmente, o que temos assistido é que o CAPS Itapeva – que carrega uma história tão longa no campo da saúde mental e também na formação de profissionais -, tem sido desmontado por meio de muitas estratégias (que aqui não daria para esmiuçar), sendo a demissão em massa apenas uma delas. Ambicionando um ambiente asséptico em que não cabe nenhuma espécie de discordância e conflito, esta administração não coloca a clínica em primeiro lugar. Ademais, despreza as diretrizes e princípios estipulados pelas portarias ministeriais, o que enfraquece o SUS. Com a saída maciça de profissionais, muitos projetos, oficinas, grupos, atendimentos, equipes, parcerias institucionais e intervenções no território foram encerrados; destruindo, em nossa opinião, em um tempo tão curto, investimentos de tantos anos. A execução das demissões tem redundando numa série de desdobramentos e o que constatamos é que o maior ataque é dirigido ao próprio CAPS, já que a instituição não é o espaço físico somente, mas são as pessoas, os profissionais e os pacientes que animam esta clínica, bem como as práticas e os acontecimentos construídos cotidianamente e compartilhados coletivamente... 

Cabe ainda dizer que, mais do que garantir os nossos empregos ou lutar por condições mais dignas e favoráveis de trabalho no campo da saúde, a nossa intenção com este texto é manifestar publicamente a nossa insatisfação com esta situação e, sobretudo, defender o CAPS. Em se tratando do Itapeva, o CAPS mais antigo do Brasil, o primeiro a experimentar a clínica ampliada, que alojou àqueles que participaram da sua invenção (antes mesmo deste projeto se constituir como lei) e que estavam atravessados pelas experiências de Reforma no mundo, a saber: a psicoterapia institucional francesa, a desistitucionalização italiana, dentre outras; e que fizeram valer, desde 1987, a proposição de Basaglia de que é possível e desejável uma clínica que coloque a doença entre parênteses e cujo foco seja a existência/sofrimento, e que, no dizer dos simpatizantes da psicanálise, uma clínica cujo foco é o sujeito.

Enfim, a nossa indignação pode ser ainda explicitada com estas perguntas: Como essas pessoas - impregnadas por um discurso médico e psiquiatrizante, que estiveram ao longo de seus itinerários formativos e de trabalho, tão alienadas destes movimentos históricos e sociais, especialmente, da reforma psiquiátrica, movimento este que dá norte a todos os CAPS -, podem gerenciar este projeto? Como entregar nas mãos desses que se dizem especialistas em cuidar de pacientes com “transtornos mentais graves” (como eles gostam de dizer) e, que ao fazer o gerenciamento do serviço a seu bel prazer, desconsideram o vínculo? Como deixar que estes gestores administrem um equipamento deste porte como uma empresa e não como um serviço de saúde, viabilizando ações que banalizam os efeitos da ruptura para os pacientes psicóticos? Que tipo de lugar tem a clínica para eles? Qual o compromisso com os usuários? O que fazer para impedir esse desmantelamento de um trabalho coletivo construído há anos cuja aposta é fortalecer uma clínica artesanal, inevitavelmente implicada com as ações e com o desejo de cada um? Em suma, como aceitar tamanha contradição?

Depoimentos e Relatos de Soraya Sobre suas Internações

 Sempre tive rejeições; rejeições não só quanto as minhas internações, mas também nojo de minhas internações. Na verdade, acho que sempre tive estas rejeições e nojos, não só pelo simples ato de me sentir imprestável e contida, mas principalmente por associar tudo que eu queria fazer a chantagem  de que eu ia ou não tomar os remédios. Esta é a pior desgraça.
Mas o tempo foi passando, e eu , fui aprendendo a lidar com as contrariedades que o mundo no oferece e, descobri que: o mundo seja ele vindo até você acompanhado dos remédios ou não, ou se faça valer de qualquer uma outra circunstância ou estrutura, ele vem até você como uma verdade, que vem para todo mundo, de igual para igual e de real para real.